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    ORGANIZAÇÕES PEDEM PARA MINISTÉRIO DA FAZENDA RECOMPOR IMPOSTOS SOBRE ARMAS E MUNIÇÕES QUE FORAM REDUZIDOS NO GOVERNO BOLSONARO

    26 de abril de 2023 às 02:05

    O Instituto Sou da Paz e mais treze organizações enviaram hoje um ofício ao Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, solicitando a reavaliação das alíquotas de impostos na comercialização de armas de fogo e munições no Brasil. Durante o governo Bolsonaro, pelo menos quatro categorias de produtos tiveram os impostos reduzidos ou zerados, como aponta a tabela.

    Além do Sou da Paz, assinam o ofício a Anistia Internacional, Cesec (Centro de Estudos de Segurança e Cidadania), Conectas Direitos Humanos, Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Fogo Cruzado, GAJOP, IDDD, Ideas Assessoria Popular, Igarapé, Instituto Terra, Trabalho e Cidadania (ITTC),  Rede Justiça Criminal, Justiça Global e Rede Observatório de Segurança.

    NCMDescriçãoAlíquota em 2018Alíquota em 2022
    Imposto sobre produtos industrializados
    93.01 Armas de guerra00
    93.02revólveres e pistolas45%29,25%
    93.06.2cartuchos e munições20%13%
    Imposto sobre importações
    Armas de fogo e munições20%16%
    Imposto sobre exportações
    capítulo 93Armas de fogo, munições, partes e acessórios150%0%

    As organizações defendem que, diante da atual situação econômica do país, com apresentação de novo arcabouço fiscal e propostas de reforma tributária para atenuar o déficit fiscal e garantir recursos para investimentos públicos, essas alíquotas poderiam ser maiores. “Sabemos que o Brasil enfrenta desafios significativos na segurança pública, com altos índices de violência e criminalidade. As armas de fogo têm um papel crucial nesse cenário, contribuindo para o aumento do número de homicídios, suicídios, lesões e outros tipos de violência. Consideramos que a elevação das alíquotas de impostos sobre armas de fogo e munições é uma medida justa e necessária que pode trazer inúmeros benefícios para a sociedade, como o aumento da receita fiscal e a diminuição da violência em geral”, diz o ofício.

    O documento protocolado no Ministério da Fazenda cita também dados do Ministério da Saúde que apontam que 7 em cada 10 mortes violentas no país se deram por disparos de armas de fogo. “Além disso, os custos secundários associados ao uso de armas de fogo são muito elevados. O estudo “Custos da Violência armada: Estimação e análise dos gastos com vítimas de arma de fogo atendidas na rede hospitalar do SUS”, feito pelo Instituto Sou da Paz, aponta que, em média, R$ 54,2 milhões foram gastos por ano na última década com tratamentos e internações decorrentes de ferimentos por armas de fogo. A iniciativa pode ajudar a cobrir estes custos adicionais para tratar as vítimas de violência e promover a segurança pública”. 

    A medida pode impactar também na redução do acesso às armas ilegais, já que a maior parte das armas usadas no crime foi produzida no Brasil e vem de fontes legais, como furtos, segundo outros estudos do Instituto. Um levantamento preliminar mostrou, inclusive, uma aceleração na modernização dos arsenais usados em crimes, com crescimento de até 50% no número de fuzis apreendidos pela polícia, entre 2019 e 2022, como no caso do estado de São Paulo.

    Considerando que o mercado de armas de fogo e munições movimenta centenas de milhões de reais por ano, um aumento nas alíquotas de imposto pode gerar um impacto significativo na arrecadação. 

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