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    O Globo | Na véspera do 7 de Setembro, Sou da Paz faz libelo antiarmas

    6 de setembro de 2022 às 12:16

    Em vídeo, instituto condena flexibilização de porte e posse e aponta: ‘A mão que assina é a mesma que aperta o gatilho’

    Reportagem publicada pelo O Globo (clique para acessar o texto original)

    O Instituto Sou da Paz, organização não-governamental que surgiu nos anos 1990 encabeçando uma campanha a favor do desarmamento, lançou nesta terça-feira uma nova ofensiva contra a flexibilização da legislação relativa ao tema, que levou à explosão nos números de armas e munições nas mãos de civis nos últimos anos.

    Batizado de Caneta-Gatilho, o vídeo que marca a campanha, voltada para as redes sociais, acompanha o percurso de uma bala, em retrocesso, da cabeça de uma criança até uma caneta, e, a partir dela, em disparada estilhaçando objetos e colocando pessoas em risco até encontrar de novo a testa da menina. A mensagem é dura: “A mão que assina é a mesma que aperta o gatilho”.

    O lançamento do vídeo ocorre na véspera do 7 de Setembro, feriado da Independência, que vem sendo usado por Bolsonaro e apoiadores para conclamar as pessoas às ruas em defesa das suas pautas, entre elas justamente a “liberdade” de comprar e portar armas de fogo, além dos ataques às urnas eletrônicas e ao Poder Judiciário.

    “Colocar mais armas nas ruas em um dos países que mais mata no mundo significa colocar em risco a vida de muitas pessoas. Depois de mais de 40 regras publicadas desde 2019, chegamos à marca de 1300 armas compradas por civis por dia, sendo que muitas delas têm parado nas mãos do crime ou ameaçado nossas famílias nas ruas”, diz nota do Sou da Paz divulgada juntamente com a peça de audiovisual.

    “A irresponsabilidade desse descontrole alimenta um ciclo de tragédias e violência principalmente contra moradores de periferias, mulheres, jovens negros e população LGBTQIA+ , os principais alvos da violência armada”, conclui o comunicado.

    A campanha da ONG também coincide com um momento em que a discussão sobre armas ganhou centralidade no debate eleitoral. As constantes insinuações de Bolsonaro de que pode não reconhecer o resultado das eleições caso perca, o aumento dos casos de violência associada à política e associações cada vez mais frequentes entre armas e liberdade por parte de políticos e influenciadores bolsonaristas levaram o STF e o TSE a adotarem uma série de medidas para coibir o uso de armas no período que vai de agora até as eleições.

    As mais recentes foram três decisões do ministro Edson Fachin que suspenderam vários dispositivos da legislação que facultou maior acesso de civis a armas e munições, sem controle de quantidades nem de justificativa para a posse e o porte.

    Bolsonaro criticou as decisões em sabatina nesta terça na rádio Jovem Pan em que também voltou a atacar Fachin e demais ministros do Supremo, associando-os à esquerda.

    Na segunda-feira, o filho 03 do presidente, Eduardo Bolsonaro, usou as redes sociais para conclamar pessoas que adquiriram armas graças aos decretos do pai e os frequentadores de clubes de tiro e colecionadores procurem políticos bolsonaristas para se apresentar como “voluntários de Bolsonaro”.

    Para disfarçar o tom de convocação da postagem, disse que o voluntariado seria para obter adesivos e santinhos de Bolsonaro — sem que haja qualquer relação possível entre algo tão pueril e o fato de a pessoa possuir armas de fogo.

    As postagens foram condenadas pela oposição. O senador Randolfe Rodrigues anunciou que vai apresentar queixa-crime contra o deputado pelo crime de organização de milícia privada, previsto no artigo 288 da Constituição.

    A preocupação do Judiciário com a disseminação de armas é tamanha que, na semana passada, o TSE aprovou resolução que proíbe que pessoas compareçam armadas aos locais de votação nos dias do primeiro e do segundo turnos.

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