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    GloboNews | Apreensão de armas cai 10% e prisões em flagrante recuam 5% no 1º trimestre no estado de SP

    2 de maio de 2022 às 03:14

    Por Léo Arcoverde (assista matéria completa)

    Retirada de circulação das ruas de armas ilegais atingiu o menor o número para os três primeiros meses do ano desde 1996, início da série histórica, segundo estatística da SSP.

    Com piora em uma série de indicadores criminais no primeiro trimestre deste ano, como o crescimento dos roubos, o estado de São Paulo contabilizou, no mesmo período, quedas de 10 % nas apreensões de armas e de 5% no número de presos em flagrante em comparação com os três primeiros meses de 2021.

    É o que aponta um levantamento feito pela GloboNews com base em dados oficiais da Secretaria Estadual da Segurança Pública paulista.

    As polícias estaduais apreenderam 2.608 armas entre janeiro e março deste ano ante 2.913 no mesmo período de 2021 _uma diferença de . O número de pessoas presas em flagrante caiu de 27.708 para 26.290.

    Em relação ao primeiro trimestre de 2019, isto é, o período pré-pandemia, esses dois indicadores também registraram quedas percentuais ainda maiores. Neste comparativo, as apreensões de armas recuaram neste ano 22% (ante 3.323 armas ilegais retiradas de circulação entre janeiro e março de 2019); o número de pessoas presas em flagrante caiu 18% (houve 32.176 prisões 2019).

    A Secretaria Estadual da Segurança Pública disse em nota que, desde o início desta gestão, “as forças de segurança do Estado prenderam 621.554 criminosos e retiraram das ruas mais de 800 toneladas de drogas”. Informou também que foram apreendidas “37.792 armas no período, sendo 408 fuzis e armas longas de uso restrito” (leia mais no final da reportagem).

    Armas apreendidas no estado de SP – 1º trimestre

    • 2019: 3.323
    • 2020: 3.002
    • 2021: 2.913
    • 2022: 2.608
      Fonte: Secretaria Estadual da Segurança Pública de São Paulo

    O total de prisões, isto é, incluindo aquelas decorrentes de mandados judiciais, manteve-se estável no estado no primeiro trimestre de 2022 em comparação com 2021 (foram 35.704 entre janeiro e março do ano passado e 35.701 neste ano). Em relação ao período pré-pandemia, a queda foi de 22% (houve 45.611 prisões no primeiro trimestre de 2019).

    Menor apreensão da série história

    Os dados oficiais da SSP apontam que o primeiro trimestre deste ano registrou o menor número de armas apreendidas no estado desde 1996, início da série histórica disponibilizada pelo órgão.

    Os números apontam, a partir de 2000, uma tendência de queda nas armas aprendidas ao longo dos primeiros trimestres. Houve uma redução do patamar de mais de 10 mil armas apreendidas, passando pela marca de cerca de 5.000 armas entre 2007 e 2009 até atingirmos quantidades abaixo das 3.000 armas retiradas de circulação entre janeiro e março, em 2021 e neste ano.

    Homicídios em queda

    Conquista de décadas em matéria de política de segurança construída a partir das gestões Mario Covas (1995-2001), a queda dos assassinatos não foi interrompida no primeiro trimestre deste ano. Em relação ao mesmo período de 2021, a redução foi de 748 para 710 casos, segundo a estatística da Segurança Pública.

    Entre 1999, início da série histórica, e 2021, a taxa de homicídios dolosos (quando há a intenção de matar) caiu de 35,27 homicídios por 100 mil habitantes para 6,04 homicídios por 100 mil habitantes. O estado de São Paulo possui a menor taxa de assassinatos do país.

    Análise

    Na avaliação de Bruno Langeani, gerente do Instituto Sou da Paz, a queda nas apreensões de armas neste ano no estado de São Paulo preocupa por se dar de forma mais acentuada do que vinha ocorrendo nos últimos anos e em um momento de aumento de crimes patrimoniais.

    “A gente vê essa queda na apreensão de armas de modo preocupante porque, apesar de São Paulo inovar em várias questões, falta uma política estruturada de armas ilegais de circulação. São Paulo é uma polícia que não tem uma delegacia especializada, que olhe para tráfico de armas, para comércio de armas ilegais. E não adianta as autoridades ficarem falando só de fronteiras, só de Paraguai, porque, olhando o perfil da arma que está usada em São Paulo, são armas nacionais, são armas que estão circulando aqui no estado, então, é preciso, de fato, um esforço concentrado, que olhe para isso.”

    Outro lado

    Leia, abaixo, a íntegra da nota da Secretaria Estadual da Segurança Pública paulista enviada à reportagem:

    Desde o início da atual gestão, as forças de segurança do Estado prenderam 621.554 criminosos e retiraram das ruas mais de 800 toneladas de drogas. Em média, isso representa uma pessoa presa a cada três minutos e mais de meia tonelada de entorpecentes retirada das ruas por dia. No período, todos os indicadores de crimes contra a vida caíram, com destaque especial para os homicídios, que atingiram a menor taxa de casos por 100 mil habitantes tanto no Estado quanto na capital: 6,02 e 4,66, respectivamente. Os latrocínios também tiveram retração no período analisado.https://67f9465639a50b3443813e3f88b39574.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

    Quanto ao número de armas, foram 37.792 no período, sendo 408 fuzis e armas longas de uso restrito. Ou seja, uma arma desse tipo é apreendida a cada três dias no Estado. As forças policiais têm intensificado os programas de policiamento preventivo e ostensivo, bem como as operações específicas para coibir os crimes contra o patrimônio.

    Em relação à análise sugerida pela reportagem, é preciso considerar, além do impacto das próprias apreensões ao longo dos anos, os efeitos das medidas de restrição de circulação impostas pela pandemia e, principalmente, das políticas de segurança pública, como a flexibilização da legislação federal que permitiu ao cidadão comum a aquisição de armas que antes eram de uso restrito das forças de segurança, e o a Campanha Nacional do Desarmamento, que reduziu o número de armas em circulação, que reduziu o número de armas em circulação. Na comparação do primeiro trimestre deste ano com 2003, ano em que quando foi criado o Estatuto do Desarmamento, a queda é de 72%.”

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