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    G1 e TV Bahia | ‘Morte de minha filha não teve solução’, diz mãe de jovem estrangulada; pesquisa revela baixa resolução de homicídios

    23 de outubro de 2020 às 02:58

    Segundo o MP-BA, o órgão apresentou, até o final de 2018, denúncias à Justiça de 1.096 casos de homicídios. Dezoito por cento do total de crimes registrados em 2017 (6.082).

    Assista a matéria completa publicada no G1, mencionando a pesquisa “Onde Mora a Impunidade”, do Instituto Sou da Paz.

    A mãe de uma jovem achada morta com sinais de estrangulamento no dia em que completaria 20 anos, em 2017, em Lauro de Freitas, cidade da região metropolitana de Salvador, contou à TV Bahia que o crime ainda não teve uma solução. Uma pesquisa nacional revelou que 70% dos assassinatos ocorridos no país não foram esclarecidos.

    “A morte de minha filha não teve solução até agora. Eu sei que eu não tenho mais ela de volta. A solução que eu queria era a minha filha de volta”, disse Ednólia Pinheiro.

    “Não resolveu a história até agora. Não resolveu. Não vi nada. Foi uma morte muito silenciosa. Foi uma morte parada. Foi uma morte parecendo que não existiu”, completou.

    Por meio de nota, a Polícia Civil disse que o inquérito está em fase de conclusão. Já o Ministério Público Estadual (MP-BA) disse que enviou ofício para a delegacia, pedindo informações sobre o andamento das investigações.

    Leonardo Carvalho, coordenador de projetos do Instituto Sou da Paz, fala sobre as medidas que podem ser tomadas pelos Estados para reverter os baixos índices de esclarecimento de homicídios.

    A pesquisa do Instituto Sou da Paz identificou que 70% dos homicídios ocorridos em 2017 não foram esclarecidos pelo menos um ano depois do início das investigações. Os pesquisadores chegaram a essa conclusão depois de avaliarem dados que deveriam ser fornecidos pelos Ministérios Públicos e também pelos Tribunais de Justiça.

    Em todos os 26 estados, e o Distrito Federal, apenas 11 mandaram as informações completas. A Bahia está entre os 10 estados que, segundo os pesquisadores, mandaram informações incompletas ou inconsistentes, e não entraram no relatório.

    Os dados do Ministério Público da Bahia chegaram aos pesquisadores em julho deste ano, quatro meses depois do fechamento do relatório dos pesquisadores. Os números, que não foram considerados na pesquisa, apontaram que apenas 18% dos homicídios foram remetidos à Justiça em até um ano após o crime.

    Segundo o MP-BA, o órgão apresentou, até o final de 2018, denúncias à Justiça de 1.096 casos de homicídios. Dezoito por cento do total de crimes registrados em 2017 (6.082).

    Os dados ainda não foram analisados pelos pesquisadores, mas se os índices estiverem de acordo com o apurado nos demais estados, o total de crimes com esclarecimentos será o segundo pior do país, atrás apenas do Rio de Janeiro (11%).

    O melhor resultado foi do Distrito Federal, com 92% de esclarecimentos dos homicídios. O relatório aponta como os estados podem resolver esse problema. Segundo Leonardo Carvalho, coordenador da pesquisa, existem algumas formas para melhorar a situação.

    “São desde pensar formas de estruturar as delegacias especializadas em informações de homicídios à estrutura adequada de perícia que precisa ser feita, e até outras informações de cunho mais gerencial, como informatização dos processos, informatização da gestão da comunicação”, defende.

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