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    G1 E GloboNews | Motociclistas se tornam as principais vítimas do trânsito em São Paulo durante a quarentena, diz estudo

    20 de agosto de 2020 às 04:36

    Por Léo Arcoverde e Daniella Gemignani (leia a matéria completa publicada pelo G1)

    Instituto Sou da Paz aponta que 42% das pessoas mortas em acidentes de trânsito na cidade de São Paulo, entre 24 de março e 30 de junho, eram motociclistas. São 80 mortes de motociclistas contabilizadas na capital paulista no período, segundo o instituto.

    Um estudo do Instituto Sou da Paz aponta que 42% das pessoas mortas em acidentes de trânsito na cidade de São Paulo entre 24 de março, primeiro dia da quarentena no estado, e 30 de junho, eram motociclistas.

    De acordo com o levantamento, condutores de motocicletas se tornaram nesta pandemia as maiores vítimas do trânsito na capital paulista, superando os pedestres, que representaram 32% das vítimas fatais contabilizadas no período, e ocupantes de automóveis (19%).

    O estudo foi elaborado com base em dados do Infosiga SP (Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo), do governo do estado, e faz parte do Sou da Paz Analisa, série trimestral da organização que se debruça sobre os dados de Segurança Pública (criminais, operacionais e de letalidade policial) divulgados pelo governo do estado.

    Em números absolutos, entre 24 de março e 30 de junho, a capital paulista contabilizou 80 mortes de motociclistas, 61 de pedestres e 37 de ocupantes de automóveis, segundo o levantamento do Sou da Paz.

    No mesmo período de 2019 (24 de março a 30 de junho), os pedestres responderam pela maior quantidade de mortes em acidentes na cidade de São Paulo: 110 (48% do total); houve 76 mortes de ciclistas (33% do total) e 25 de ocupantes de automóveis (11%).

    A soma das mortes desses três perfis de vítimas não representa o total de mortes decorrentes de acidentes de trânsito em cada período pois o levantamento do Sou da Paz não especifica, nesse comparativo, óbitos de outros tipos de vítima, como ciclistas, por exemplo.

    Estado de SP

    Já no estado de São Paulo os dados deste ano reforçaram a liderança dos motociclistas entre as vítimas que mais morrem em acidentes. Entre 24 de março e 30 de junho de 2019, condutores de motocicletas responderam por 35% desses óbitos. No mesmo período deste ano, esse indicador subiu para 42%.

    Proporção de mortes por tipo de vítima em relação ao total na cidade de SP – 2019

    • Pedestre – 48%
    • Motociclista – 33%
    • Ocupante de automóvel – 11%
    • Fonte: Infosiga SP/Instituto Sou da Paz

    Proporção de mortes por tipo de vítima em relação ao total na cidade de SP – 2020

    • Motociclista – 42%
    • Pedestre – 32%
    • Ocupante de automóvel – 19%
    • Fonte: Infosiga SP/Instituto Sou da Paz

    Proporção de mortes por tipo de vítima em relação ao total no estado de SP – 2019

    • Motociclista – 35%
    • Pedestre – 27%
    • Ocupante de automóvel – 23%
    • Fonte: Infosiga SP/Instituto Sou da Paz

    Proporção de mortes por tipo de vítima em relação ao total no estado de SP – 2020

    • Motociclista – 41%
    • Ocupante de automóvel – 24%
    • Pedestre – 22%
    • Fonte: Infosiga SP/Instituto Sou da Paz

    Entre 24 de março e 30 de junho deste ano, as mortes no trânsito caíram 16% na capital e 23% no estado em comparação com o mesmo período de 2019.

    Análise

    Para Cristina Neme, coordenadora do Instituto Sou da Paz e autora do estudo, os números sugerem que mais motociclistas tenham se envolvido em acidentes em razão da alta da demanda pelo serviço oferecido por entregadores durante a pandemia.https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-37/html/container.html

    “A vulnerabilidade dos motociclistas aumentou nesse período, é fato que é um grupo que ficou mais exposto ao risco de acidentes, enquanto, por outro lado, os pedestres ficaram menos expostos”, afirma.

    De acordo com a pesquisadora, os dados chamam a atenção para a violência no trânsito, que é alta no país. “O Brasil trata muito da questão da violência intencional, mas o trânsito também é um fator importante de mortalidade. Estamos falando de mortes evitáveis”.

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