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    NOTÍCIAS

    Criadores de conteúdo saem do mundo digital e se reúnem para debater segurança pública

    30 de novembro de 2023 às 04:02

    Evento do Sou da Paz em parceria com o Redes Cordiais oferece espaço de troca

    Os assuntos ligados à segurança pública atravessam a vida da população das mais diversas formas. Dialogar sobre possibilita ampliar os conhecimentos, reconhecer as contradições e amplificar o debate na construção de soluções. Como diversos desses debates ocorrem na internet, é importante que seja feito de forma séria, responsável e com base em evidências. Por isso o Instituto Sou da Paz se juntou ao Redes Cordiais para oferecer um espaço de troca e aprendizado para influenciadores e criadores de conteúdos digitais focado nos debates da segurança pública, que ocorreu em novembro.

    Pautado por temas de trabalho do Instituto Sou da Paz, como a importância de que mais pessoas defendam políticas de segurança pública democráticas e com respeito aos direitos humanos; a política de controle de armas no Brasil; e o fortalecimento da cultura armamentista e o impacto do aumento do acesso a armas em diferentes grupos (jovens, mulheres e pessoas negras), um grupo de 12 influenciadores se reuniram para dialogar com mediação de representantes do Redes Cordiais, que trouxeram a reflexão sobre como esses temas se relacionam com a necessidade de promover um debate saudável e democrático nas redes sociais. 

    Após a formação, esse diálogo saiu das mesas para o mundo digital. Os influenciadores foram desafiaram a produzir conteúdos para suas páginas, traçando uma relação entre segurança pública e os temas que abordam. Confira o resultado:

    É preciso colocar a segurança pública em debate

    A sensação de insegurança é uma das questões sentidas pela maioria das pessoas quando o assunto é segurança pública. Foi sobre isso que o criador de conteúdo Kenji, conhecido pelo canal  Normose (@_normose) abordou em suas redes. Além disso, o criador de conteúdo, que geralmente fala sobre assuntos relacionados a história e filosofia, trouxe uma reflexão sobre a violência armada, letalidade policial e a falta de um Indicador Nacional  de Esclarecimento de Homicídios no país, tema que o Instituto Sou da Paz  debate desde 2017. 

    Kenji ressalta o quão é difícil falar de violência, isso porque ela atinge vários atores sociais. Entre eles, os policiais, como destacou Cazé (@cazepecini) a partir da pergunta “afinal, qual é a função das câmeras corporais nos uniformes policiais?”O uso das bodycams trouxeram benefícios não só para a população, mas também para a instituição policial. Desde a implementação das câmeras que ocorreram em 2020, não só as mortes por policiais tiveram redução, como o número de policiais mortos reduziram nos anos seguintes, mas, mesmo com os bons resultados, o programa tem sofrido desinvestimentos em São Paulo. 

    Quanto custa a violência armada e como esse debate é atravessado pelo machismo?

    Quando se debate a questão da violência armada, os óbitos são um dos primeiro pontos a ser destacado, mas há outros impactos provocados por esse cenário. Como bem lembrou  Luciana Viegas (@umamaepretaautistafalando) que abre o seu vídeo dizendo“Você sabia que o Brasil tem mais amputados por armas de guerra do que os Estados Unidos?”. De acordo com a pesquisa “Custos da violência armada no sistema público de saúde” do Instituto Sou da Paz, o Brasil gastou 41 milhões do Sistema Único de Saúde (SUS) com internações hospitalares de vítimas de armas de fogo em 2022. A criadora de conteúdo e também ativista, joga luz a essa problemática e mostra como esses custos poderiam ser investidos no auxílio e cuidados para pessoas com deficiência. 

    Além dos danos e custos físicos, a violência armada também causa impacto na saúde mental. Cecilia Dassi (@cecilia.dassi), psicóloga e criadora de conteúdo, através de um card e um texto em sua conta no Instagram, ressalta a importância de discutir a relação da segurança pública com o psicológico das pessoas que vivem com a sensação de insegurança diariamente. A psicóloga destaca que o armamento da população não é a resposta para a violência e que a facilitação do acesso a armas, bem como o descontrole destas, podem vitimizar ainda mais determinados grupos, como mulheres em situações de vulnerabilidade. Ponto este abordado pela a criadora de conteúdo e escritora Clara Averbuck (@caverbuck) que fez uma reflexão sobre o quanto a facilitação do acesso à armas de fogo e a cultura da violência, principalmente a praticada contra mulheres, possuem uma ligação com a perpetuação de uma “masculinidade” exacerbada na sociedade, evidenciando os perigos da masculinidade tóxica que em conjunto com o fácil acesso à armas, podem resultar em mais vítimas do feminicídio.

    Lutar pelo meio ambiente é lutar por segurança

    Outro grupo que convive constantemente sob ameaças da violência armada, é o formado pelos povos indígenas que seguem lutando diariamente por seus territórios. Por meio de um relato pessoal, Cristian Wariu (@cristianwariu), leva a segurança pública como um tema necessário para a discussão sobre a luta deste grupo, já que a violência contra a eles segue sendo perpetuada. Wariu também pontua que a violência reflete também no meio ambiente e o quanto é um fator alarmante estados como Amazonas e Acre possuírem uma baixa taxa de esclarecimento de homicídios.

    Foi justamente a conexão entre meio ambiente e segurança pública o tema abordado pela influenciadora Amanda Costa (@souamandacosta). Ela traz para o debate o atravessamento da segurança pública no racismo ambiental e na crise climática, já  que a insegurança afeta o direito ao acesso a serviços básicos pelas pessoas de comunidades periféricas. 

    Os conteúdos que foram produzidos em parceria com Instituto Sou da Paz, Redes Cordiais e os criadores de conteúdo podem ser acessados nas redes sociais do Instituto Sou da Paz Instagram | Facebook | Twitter/X | Linkedin

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