Estratégia é estimular a formação continuada dos profissionais dos serviços de atendimento e promover diálogo intersetorial
O Sou da Paz realiza, desde 2014, um trabalho estratégico para o fortalecimento da atuação dos Serviços de Medida Socioeducativa em Meio Aberto (SMSE/MA) na região da Freguesia do Ó/Brasilândia em São Paulo, onde o Instituto atua há 10 anos.
O projeto, iniciado em setembro de 2016, é financiado pelo Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (FUMCAD), e tem como objetivo aprimorar o atendimento a adolescentes em conflito com a lei, contribuindo na elaboração de estratégias para fortalecer o trabalho socioeducativo, em conjunto com a equipe técnica que atende os jovens.
Neste primeiro semestre do ano, o Sou da Paz trabalhou junto à equipe técnica de dois Serviços de Medida Socioeducativa em Meio Aberto da Brasilândia. Em cada um destes serviços foi desenvolvido um plano de ação que atenda às demandas da equipe, norteadas por quatro eixos: formação continuada, articulação em rede, articulação de oportunidade para os jovens e seus familiares e reflexão sobre as práticas socioeducativas.
(Na foto, I Encontro Territorial do SMSE-MA ALPS, atividade do eixo de articulação em rede, que reuniu equipamentos de saúde para dialogar com os profissionais do serviço e pensar estratégias para aprimorar o atendimento aos adolescentes e suas famílias)
No SMSE-MA Inês Mônaco foi finalizada a elaboração do Projeto Político Pedagógico. “A construção conjunta deste documento se configurou como importante estratégia de formação continuada dos profissionais daquela equipe. Pensar o fazer cotidiano e as concepções que orientam este fazer são fundamentais para o aprimoramento do trabalho desenvolvido com os adolescentes e jovens”, reflete Danielle Tsuchida, Coordenadora de projetos do Sou da Paz.
No SMSE-MA ALPS, as atividades neste semestre foram realizadas com mais frequência do que no Inês Mônaco, já que foram abordados os quatro eixos do plano de ação. “Além da elaboração do Projeto Político Pedagógico, a formação tem se dado através de rodas de conversa com a equipe e de estratégias de aprimoramento do trabalho grupal”, conta Danielle.
Segundo ela, a articulação em rede se faz fundamental para o bom desenvolvimento do trabalho socioeducativo. Pensando nisso, neste semestre foram organizados também os “Encontros Territoriais”, garantindo nas etapas de seu planejamento estratégias de escuta dos adolescentes e jovens em suas circulações pelos equipamentos públicos de saúde e educação. “Nesses encontros, a ideia é que o técnico que atende o adolescente converse com os profissionais das unidades escolares e de saúde que atendem ao jovem com o objetivo de aproximar pontas e qualificar serviço”, explica Danielle.