O Instituto Sou da Paz atuou por um ano na região para melhorar a relação de jovens e profissionais com a prestação de serviços à comunidade
No começo de outubro ocorreu o encontro de encerramento do Projeto Fortalecendo a Prestação de Serviços à Comunidade (PSC). Com duração de um ano, o Projeto foi mais uma das iniciativas desenvolvidas pelo Instituto Sou da Paz na Prefeitura Regional da Freguesia do Ó/Brasilândia. Foi, especificamente, uma parceria do Instituto com equipamentos públicos que recebem adolescentes e jovens para cumprimento de PSC, além dos serviços de medidas socioeducativas do distrito.
Estiveram presentes, além dos profissionais atuantes no território, Max Dante (Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social – SMADS), Rute Menezes (Centro de Referência da Assistência Social – CREAS Freguesia do Ó/Brasilândia), Sara Xavier dos Santos, Luciane Miyamoto e Néjela Targhetta (Diretoria de Ensino Norte 1) e o psicólogo e professor Fábio Silvestre.
No encontro final do Projeto, foi realizada uma grande roda de conversa, na qual todos os participantes relataram as experiências em PSC que desenvolveram ao longo do último ano, além das reflexões que foram elaborando sobre a execução da medida socioeducativa. Dentre outros pontos, compartilharam o fato de que passaram a entender melhor do que se trata a PSC e o acompanhamento dos adolescentes, que passou a ser menos burocrático e mais pedagógico. Com isso, o cumprimento total da medida socioeducativa foi ampliado e muitos adolescentes passaram a se envolver com as instituições, cuidando delas e da comunidade no entorno.
Segundo Beatriz Saks, coordenadora do Projeto, “ele buscou ampliar as possibilidades de atividades em PSC e propor uma formação continuada”. A expectativa era de que, a partir desta metodologia, a adesão dos adolescentes à medida socioeducativa fosse ampliada e que os profissionais aproveitassem os saberes que possuem, olhando para o próprio trabalho e para o de seus parceiros. Além de fortalecer a medida socioeducativa, a região também foi trabalhada para se tornar cada vez mais protetiva para sua juventude, que compõe a maior parte de sua população.
Max Dante afirmou que o Projeto foi “uma experiência de construção coletiva que considerou o olhar dos profissionais”, e que esta iniciativa poderá ser ampliada para outros territórios da cidade de São Paulo. Fazendo as considerações finais do evento, Fábio Silvestre, que também foi supervisor técnico do Projeto, ressaltou a importância e a singularidade do território da Brasilândia, que aceitou o desafio de pensar e sistematizar práticas de uma medida socioeducativa pouco discutida e bastante desafiadora para os profissionais.
A ocasião contou com o lançamento do Caderno da PSC, que reúne conhecimentos e fluxos de atendimento para a qualificação da execução desta medida socioeducativa, além do Relatório de experiências do Projeto, que destaca a dinâmica das unidades acolhedoras e apresenta algumas das práticas adotadas pelas instituições participantes.