O Instituto Sou da Paz trabalha por um Brasil mais justo, igualitário e menos violento. Começamos nosso trabalho em 1999, a partir da campanha dos estudantes pelo desarmamento que levou o país a destruir mais de 600 mil armas e ter a primeira queda nos homicídios em 20 anos de violência crescente, ano após ano.
Se é certo que a arma de fogo não mata sozinha, é mais certo ainda que, sem ela, é muito mais difícil tirar a vida de alguém. Nesse sentido, seguimos trabalhando todos os dias para que o Brasil reconheça seus problemas de violência e consiga criar condições para reverter a situação combatendo a impunidade, respeitando direitos e garantindo justiça.
Temos a certeza de que o Brasil precisa de uma segurança pública eficiente e compromissada com cada brasileira e brasileiro, independentemente de cor, classe social, religião ou local de residência, para que todas e todos possam andar livremente e sem medo pelas ruas na cidade e no campo. Acreditamos que o Estado sozinho nunca dará conta do tamanho do problema e é por isso que, como organização da sociedade civil, nos colocamos como parceiros de polícias, Ministério Público, ministérios do Governo Federal, secretarias estaduais e municipais de Segurança, Assistência Social, Educação e várias outras pastas. Somos ainda aliados da própria sociedade civil, nacional e internacional, para juntos, construirmos um Brasil melhor.
Diante do processo eleitoral finalizado ontem, declaramos que seguiremos atuantes e atentos à toda forma de injustiça e de descumprimento da lei. A preocupante dissociação entre o respeito à pluralidade de pensamento e a própria democracia não pode ser levada adiante. As consequências de violência e até de morte já foram sentidas durante o período de campanhas eleitorais, e é preciso reverter essa trajetória imediatamente. Os valores fundamentais da democracia como a importância do voto, o ativismo social, os mecanismos de freios e contrapesos exercidos pela separação de poderes, o respeito à diversidade e às minorias são alicerce de um país saudável e conectado ao seu povo. Assim, reafirmamos que não temos nenhum inimigo na luta democrática de ideias por um Brasil melhor, ainda que tenhamos divergências com grupos ou governos.
E é exatamente abraçados pelas regras da democracia que não deixaremos de lutar para manter e ampliar as conquistas do campo da Segurança Pública e dos Direitos Civis e Humanos que fizeram o Brasil avançar. Seguiremos ajudando a construir um país cada vez mais justo, combatendo desigualdades e construindo terreno fértil de oportunidades para todas e todos.
Seguiremos ativos e fortes, monitorando cada passo dos representantes eleitos.
Desejamos genuinamente que cada novo deputado estadual ou federal, senador, governador e presidente possa responder à esperança depositada por cada voto nas urnas. E que cada novo representante eleito seja capaz de criar e respeitar canais de diálogo com a sociedade civil.