Retirada de competência do Exército se deu por falhas no registros
Reportagem publicada pela Metrópoles(clique para acessar o texto original)
O Exército perdeu a atribuição de registrar as armas de fogo dos CACs (colecionadores, atiradores desportivos e caçadores). Agora, quem organiza e lista todo o armamento civil no país é a Polícia Federal, do ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino.
A troca se deu justamente pela incompetência do Exército brasileiro em registrar o armamento. Em 2021, eram 1,5 milhão de armas em circulação com o registro irregular. As informações de posse ou localização estavam desatualizadas no Sinarm (Sistema Nacional de Armas), que até então funcionava com parceria entre militares e PF.
Em fevereiro deste ano, o governo teve que abrir um formulário público para o registro dos próprios proprietários das armas de fogo. Agora, são 3 milhões de armas em circulação no país, com pelo menos 200 mil ainda sem registro, segundo dados do Instituto Sou da Paz.
O movimento do governo federal já era uma prévia da retirada da função do Exército, que falhou durante os anos de governos Jair Bolsonaro (PL) e Michel Temer (MDB) no controle bélico no Brasil. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2022, havia 1,5 milhões de armas de fogo com registros ativos, com um crescimento de 4,6% em relação à 2021. Em 2017, esse número era de 637.972, o que significa um crescimento de 144,3% com relação a 2022.