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    Instituto faz balanço do segundo debate com os presidenciáveis

    3 de setembro de 2014 às 04:24

    No debate entre os candidatos à Presidência desta segunda-feira, 01/09, realizado pela Folha de S. Paulo, UOL, SBT e Jovem Pan, ficou evidente que a segurança pública, que já havia sido o grande tema de abertura do último debate na Band, definitivamente entrou na pauta dos presidenciáveis, em contraste com eleições anteriores.

    Chama a atenção, no entanto, a escassez de propostas estruturais e a insistência de alguns candidatos em apenas aumentar o investimento em políticas que  não vêm dando os resultados há anos, como o endurecimento penal; a contínua construção de presídios; o investimento não especificado em equipamentos e treinamento para policiais e o vago fortalecimento do controle sobre as fronteiras.

    Entre as políticas mais consistentes, destacou-se a proposta da candidata à  reeleição Dilma Rousseff de promover uma alteração constitucional para que a segurança pública deixe de ser de competência dos estados e passe a ser de responsabilidade compartilhada, medida defendida na “Agenda Prioritária de Segurança Pública”, documento elaborado pelo Instituto Sou da Paz em parceria com especialistas da área. A candidata ainda defendeu a multiplicação dos centros de comando, nos mesmos moldes do utilizado durante a Copa do Mundo de 2014, em que policiais estaduais, federais e Forças Armadas trabalhariam articuladamente. 

    No campo oposicionista, o candidato Aécio Neves voltou a criticar a falta de participação do governo federal na indução de políticas na área de segurança pública, fato também ressaltado pela Agenda. O candidato, que já havia defendido a proibição do contingenciamento dos recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública, também propôs multiplicar os modelos de presídios nos quais os presos de menor periculosidade participam da gestão de suas unidades.

    Eduardo Jorge, por sua vez, defendeu mudanças mais profundas, ao propor maiores investimentos nos regimes aberto e semiaberto como alternativas ao superencarceramento e a descriminalização das drogas como meio de enfraquecer o crime organizado e facilitar o atendimento aos dependentes. A candidata Marina Silva, do PSB, não abordou o tema durante o debate.

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