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    NOTÍCIAS

    Eleições 2024: a São Paulo que queremos

    22 de outubro de 2024 às 04:43

    No primeiro turno das eleições municipais em São Paulo, os eleitores e eleitoras
    rejeitaram práticas e discursos que desqualificavam a democracia e a ética. No
    segundo turno, espera-se que os candidatos estejam à altura dos desafios da
    cidade, focando em propostas que promovam o bem-estar dos 11,4 milhões de
    paulistanos. É essencial que os candidatos apresentem e discutam opiniões e
    projetos que atendam às necessidades da população, valorizando a diversidade
    que caracteriza a metrópole.

    O município de São Paulo, com o maior orçamento do Brasil, deve priorizar a
    defesa dos direitos humanos e a redução das desigualdades socioeconômicas,
    assegurando dignidade e segurança para todos. O próximo prefeito precisa ter
    escuta ativa para garantir a cidadania plena aos excluídos, conforme preconizado
    pela Constituição.

    Além disso, o enfrentamento dos efeitos das mudanças climáticas é essencial.
    A ciência já comprovou que eventos climáticos extremos tornaram-se o novo
    normal. Dessa forma, os candidatos devem informar quais medidas adotarão
    para adaptar a cidade às alterações climáticas causadas pelo aquecimento global.

    No que se refere ao combate à corrupção e à transparência na administração
    pública, é inaceitável que, na era tecnológica atual, a gestão de São Paulo continue
    opaca. A falta de transparência, na medida em que enfraquece a fiscalização
    eficaz pela população, favorece a corrupção, a negligência e a incompetência.
    Portanto, é fundamental que o prefeito e outros gestores estejam sob constante
    escrutínio popular e que os candidatos apresentem políticas claras para garantir
    a aplicação responsável do orçamento municipal de R$119 bilhões, priorizando o
    interesse público.

    O espaço público deve ser visto como uma expressão da cidadania. Cabe aos
    candidatos apresentar compromissos para a recuperação de áreas degradadas,
    assegurar uma zeladoria eficiente, evitar a privatização dos espaços públicos,
    melhorar as calçadas para pedestres e implementar controles eficazes para a
    circulação de veículos.

    O direito à informação é igualmente crucial, pois permite o combate à
    desinformação e às fake news, fortalecendo o debate democrático e permitindo
    que a população tome decisões informadas. Com acesso a informações precisas,
    os cidadãos podem participar ativamente nas questões que impactam suas vidas,
    reduzindo a vulnerabilidade à manipulação.

    A geração de empregos e o apoio ao pequeno e microempreendedor são pilares
    para uma economia mais forte e inclusiva. Políticas públicas que incentivem
    novas oportunidades de trabalho e apoiem o empreendedorismo são essenciais
    para reduzir desigualdades, promover a inovação e melhorar a qualidade de vida.

    Para uma mobilidade urbana sustentável e habitação inclusiva, é necessário
    investir em transporte público eficiente e sustentável, com frotas movidas a energia
    limpa, ciclovias e melhorias nas calçadas para pedestres, além de promover o uso
    de veículos não motorizados. É preciso também expandir programas de moradia
    acessível e urbanização de favelas para reduzir o déficit habitacional.

    No âmbito da segurança pública, as cidades exercem um papel fundamental
    tanto no enfrentamento das diversas formas de violência quanto na elaboração,
    gestão e integração de políticas públicas que as reduzam e garantam o pleno
    exercício da cidadania. Assim, cabe ao próximo Prefeito orientar a Guarda Civil
    Municipal para que sua atuação seja baseada na proteção e na proximidade com
    a comunidade. Ele deve implementar políticas locais de combate e prevenção à
    violência, com foco nos territórios. Também é fundamental promover a Política
    Municipal de Atenção ao Egresso e seus Familiares, além de estimular o
    envolvimento de diferentes setores da sociedade civil, entes federativos, órgãos
    governamentais e do Sistema de Justiça. Essas ações devem ser articuladas e
    integradas por meio de abordagens multidisciplinares, transparentes, inclusivas
    e participativas, assegurando o direito à cidade e o acesso universal a serviços
    públicos de qualidade.

    Por fim, educação e saúde públicas de qualidade são fundamentais. Ampliar o
    acesso a serviços de saúde, com foco na atenção básica e na saúde mental, além
    de melhorar a infraestrutura escolar, expandir vagas em creches e promover uma
    educação inclusiva, estimulando a cidadania e a construção de uma cultura de
    direitos humanos.

    Nesta última semana do segundo turno das eleições em nossa cidade, se derem a
    devida atenção e concentrarem seus esforços para o enfrentamento desses temas,
    os candidatos que disputam a prefeitura de São Paulo, recolocarão no centro do
    debate o aperfeiçoamento da democracia e dos processos civilizatórios, visando
    MUDANÇAS que garantam maior bem-estar à população paulistana.

    Subscrevem:

    Conectas Direitos Humanos
    Fundação Tide Setubal
    Fiquem Sabendo
    Fórum Brasileiro de Segurança Pública
    Instituto Democracia em Xeque
    Instituto Sou da Paz
    IDDD – Instituto de Defesa do Direito de Defesa
    360 Humanitas
    Instituto Vladimir Herzog
    ITTC – Instituto Terra, Trabalho e Cidadania
    ABJD – Associação Brasileira de Juristas Pela Democracia
    Observa
    Otros Cruces
    UNEafro Brasil

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