Instituto Sou da Paz lança a “Agenda São Paulo Mais Segura: por uma cidade que protege todos” com propostas de políticas públicas baseadas em evidências para ajudar próximo prefeito a reduzir a violência na capital paulista
Os roubos de veículos têm caído na cidade de São Paulo, enquanto os homicídios registraram aumento na primeira metade de 2020. Manter conquistas na segurança pública e superar problemas serão alguns dos muitos desafios com os quais o próximo prefeito de São Paulo irá se deparar nos próximos quatro anos. Para contribuir com o programa de governo do futuro prefeito e como tem feito nas últimas eleições presidenciais e municipais, o Instituto Sou da Paz elaborou a “Agenda São Paulo Mais Segura: por uma cidade que protege todos”, um documento suprapartidário contendo sugestões de políticas públicas baseadas em evidências e construído com o objetivo de influenciar os candidatos à prefeitura de São Paulo em seus planos de governo, a partir de desafios impostos pela realidade paulistana.
A agenda faz uma análise de conjuntura da política municipal e os desafios que surgiram em 2020, ano em que a pandemia trouxe diversos impactos e mudanças na dinâmica da violência na cidade. E, defendendo o desenho de políticas de Estado, planejadas para o longo prazo, o Instituto Sou da Paz, entre outras recomendações, propõe que o próximo prefeito eleja a segurança pública como prioritária em sua gestão; desenvolva suas ações com base em evidências técnicas e sem interromper iniciativas promissoras que tenham sido propostas por adversários políticos; atue em coordenação e colaboração estreita com os órgãos pertencentes a todos os níveis da federação, independentemente da afinidade político-partidária, e também com organizações não governamentais.
Com esse mote, a agenda traz seis eixos de propostas: a governança da segurança cidadã, propondo a coleta sistemática de dados de diferentes secretarias para identificar dinâmicas de vulnerabilidade em diferentes áreas da cidade; a guarda civil metropolitana, que deve priorizar o atendimento de áreas de maior incidência criminal e de grupos vulneráveis; a violência contra a mulher, com a ampliação da disponibilidade de creches e melhoria dos serviços de saúde básica; o uso abusivo de drogas e cenas de uso, priorizando políticas que priorizem o bem-estar individual, a proteção comunitária e a redução de danos; e o investimento em políticas para adolescentes e jovens, propondo a geração de renda e alternativas de lazer nas regiões periféricas, entre diversas outras propostas.
Felippe Angeli, gerente de advocacy do Instituto Sou da Paz e coordenador da agenda reflete sobre a importância de colocar os municípios e a política urbana no centro da discussão sobre segurança pública. “Estamos habituados a pensar a segurança pública como um problema de polícia, um tema cuja influência dos municípios é baixa. É justamente o contrário: estudos comprovam que políticas urbanas de atenção à saúde, educação e moradia tem um papel fundamental na prevenção da violência”, diz.
Acesse o resumo-executivo da agenda
Informações para a imprensa:
Izabelle Mundim – izabelle@soudapaz.org