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    Jornal Nacional | Imagens de câmeras nos uniformes de policiais serão fundamentais para identificar participantes dos atos golpistas

    20 de janeiro de 2023 às 10:48

    Em todo o Brasil, policiais de pelo menos seis estados usam câmeras corporais, segundo as secretarias de segurança. E em outros nove estados elas estão em fase de teste ou de implementação.

    Reportagem publicada pelo Jornal Nacional (clique para acessar o texto original)

    Um conjunto de informações cruzadas está ajudando a identificar responsáveis pelo atentado à democracia do dia 8 de janeiro. E, nesse trabalho de investigação, imagens gravadas têm sido fundamentais.

    Em Brasília, as câmeras nos uniformes dos policiais mostraram profissionalismo e resistência daquele pequeno grupo na proteção do patrimônio público durante os atos golpistas.

    Em São Paulo, policiais gravaram a reação de um assaltante. Ele foi baleado e morto, portava uma imitação de revolver. Graças às imagens, a PM considerou que os policiais agiram em legítima defesa.

    Em uma ocorrência no Guarujá, litoral de São Paulo, um policial cobre a câmera. Mas as imagens captadas pelos colegas dele ajudaram a Corregedoria da Polícia a concluir que um suspeito de roubo foi executado já rendido e que uma arma foi plantada pelos PMs ao lado do corpo.

    O desejo de ter câmeras que ajudassem no trabalho policial é antigo no mundo e se tornou viável com a evolução da tecnologia. Aumentar a proteção aos policiais e deixar mais robusta a coleta de provas eram algumas das ideias iniciais. Mas, à medida que foram sendo implantadas, as câmeras corporais se mostraram uma ferramenta ainda mais útil e importante do que se imaginava. Como, por exemplo, as câmeras corporais estão nos uniformes dos seguranças de uma linha do metrô de São Paulo.

    Em São Paulo, as câmeras corporais começaram a ser usadas há dois anos. Primeiro foram 5 mil delas em 13 batalhões da PM, e os bons resultados ampliaram o uso para mais de 10 mil em mais de 30 batalhões.

    Um estudo feito com dados da própria polícia paulista mostra uma queda de quase 60% das mortes em confrontos após a adoção dessas câmeras e aumento de 24% na apreensão de armas.

    “Por um lado, a gente viu no caso de São Paulo, por exemplo, a redução importante da letalidade policial, mas também a redução da vitimização, da morte dos próprios policiais”, diz Carolina Ricardo, diretora-executiva do Instituto Sou da Paz.

    Em todo o Brasil, policiais de pelo menos seis estados usam câmeras corporais, segundo as secretarias de segurança. E em outros nove estados elas estão em fase de teste ou de implementação.

    No fim de 2022, policiais de Minas Gerais e do Amapá passaram a usar câmeras nos uniformes. O Ceará se prepara para usar câmeras para monitorar o trabalho de agentes penitenciários; 300 devem entrar em operação em fevereiro.

    A diretora do Instituto Sou da Paz lembra que o uso de câmeras deve ser parte de uma política de segurança bem planejada e acompanhada para que as imagens captadas ajudem aperfeiçoar o treinamento e as ações das forças de segurança.

    “Se a gente faz com um objetivo claro, monta um programa de implantação com gestão com monitoramento das imagens, com as gestão das consequências, com os encaminhamentos depois dos problemas identificados, a gente tende a melhorar e profissionalizar mais. Elas fazem parte da profissionalização das polícias no Brasil e a sua implantação deve continuar com os devidos cuidados”, afirma Carolina Ricardo.

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