O Instituto Sou da Paz participou nas últimas semanas de dois importantes eventos no exterior para debater segurança pública. Os encontros reuniram gestores públicos e especialistas para trocar experiências sobre o controle de armas na América Latina.
Na Guatemala, o coordenador de Sistemas de Justiça e Segurança Pública Bruno Langeani participou do Fórum “La vida sin armas”. O encontro foi realizado para compartilhar conhecimentos sobre políticas de controle de armas para subsidiar o Governo da Guatemala, país com 85% de homicídios cometidos por armas de fogos.
“A Guatemala aprovou recentemente uma nova lei de armas e avançou bastante em questões de perícias e destruição de arsenais, mas ainda sofre para impedir a entrada e definir estratégias de retirada de armas em circulação, para as quais a experiência brasileira pode ser interessante”, afirma Langeani.
O Instituto Sou da Paz foi convidado pelo escritório das Nações Unidas, juntamente com outras organizações da Argentina, Colômbia e EUA.
Equador
A capital Quito foi escolhida pela Clave (Coalização Latinoamericana para Prevenção da Violência Armada) para a realização de uma assembleia para definir as principais ações de 2014, com ênfase na ratificação do Tratado de Comércio de Armas. O acordo estabelece normas para coibir a venda irresponsável de armas e munições e assim reduzir o número de vítimas da violência armada no mundo.
No evento foi apresentado um vídeo (veja abaixo) sobre a importância do Tratado, que foi aprovado na ONU em 2013, mas ainda precisa da ratificação de 50 países para sair do papel.
“A América Latina e Caribe têm um dos maiores índices de mortes por armas de fogo no mundo. Seis dos sete países mais violentos estão nesta região, portanto é desejável que a sociedade civil pressione seus governos por respostas, dentre as quais o apoio ao Tratado de Comércio de Armas é decisiva”, afirma a analista sênior do Sou da Paz Carolina Ricardo.