No dia 27 de julho, a área de Prevenção da Violência do Instituto Sou da Paz promoveu visita ao CASE – Centro de Atendimento Socioeducativo, reconhecida como boa prática na execução em medidas socioeducativas
A ação foi organizada pelos dois projetos da área – Adolescentes em alta vulnerabilidade: Novas tecnologias para antigos dilemas e Fortalecendo a Prestação de Serviços à Comunidade –, e teve como objetivo promover o conhecimento da metodologia utilizada pelo CASE, além da troca de experiências entre os diferentes profissionais no atendimento às medidas socioeducativas em meio aberto (Liberdade assistida e Prestação de serviços à comunidade).
Participaram da visita os profissionais que atuam diretamente com adolescentes e jovens atendidos nos três Serviços de Medida Socioeducativa em Meio Aberto (SMSE-MA) da Brasilândia, além da supervisora do Centro de Referência Especializado da Assistência Social Freguesia do Ó (CREAS).
A visita possibilitou conhecer os trabalhos desenvolvidos pela Fundação Criança. Maria Lucia de Lucena, coordenadora do CASE, apresentou os princípios que sustentam o trabalho socioeducativo com adolescentes em conflito com a lei, reforçando que “compreender a visão que temos sobre o adolescente, a importância de sua acolhida, a pedagogia do vínculo e a escolha metodológica pelo atendimento em grupo é mais importante do que entender como desenvolvemos o dia a dia”, dizendo ainda o quanto a formação continuada e a supervisão institucional são essenciais para o bom desenvolvimento do trabalho.
Outra importante troca proporcionada pelo encontro foi compreender como o programa socioeducativo mantém relação próxima e articulada com o Sistema de Justiça, realizando reuniões sistemáticas com a Juíza, Defensores Públicos e Promotores.
Agnaldo, educador do CASE, reforça que “o fazer do educador é um fazer político e deve possibilitar a reflexão do adolescente sobre o contexto que vive. A proposta é de troca de conhecimento e experiências, o que exige disponibilidade do profissional em escutar atentamente o adolescente desde sua chegada ao CASE”.
“O compartilhamento promovido por esse tipo de atividade pode alimentar o repertório de práticas na Brasilândia e ampliar os olhares tanto sobre o público atendido quanto em relação ao potencial educador do trabalho socioeducativo”, afirma Danielle Tsuchida, coordenadora do Instituto Sou da Paz.