A forma como o Brasil tradicionalmente tem respondido à violência é com o endurecimento das leis, criando novos crimes e aumentando penas. Essa estratégia, além de não trazer resultados positivos, agrava ainda mais o problema da segurança pública no país.

A população carcerária explodiu, crescendo 128 % de 2002 a 2012, fenômeno que facilitou o fortalecimento das facções de presídio que se alimentam da ausência do Estado e das condições precárias das cadeias superlotadas.

O crime de tráfico de drogas é um dos principais responsáveis por esse crescimento. O número de presos enquadrados como traficantes subiu de 14% em 2006 para 25% em 2012, com uma participação cada vez maior de mulheres.

O perfil de quem está indo para a cadeia por esse crime é o mesmo em todo o país:

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Pobre, de baixa escolaridade, a maioria sem antecedentes criminais, sem ligação com o crime organizado, preso com pouca quantidade de droga, sem arma e sem ter cometido violência. Ou seja, o microtraficante.

É preciso avançar na discussão sobre penas e suas consequências tanto para a sociedade que sofre com a violência, como para a recuperação e responsabilização dos autores deste crime.

É neste contexto que desenvolvemos a campanha “Eu acredito no Caminho de Volta” que apresenta informações sobre o perfil dos presos por tráfico e sobre as alternativas de responsabilização dos microtraficantes, que não a pena de prisão. O objetivo, por meio da conscientização, é incentivar a aceitação e uso destas medidas.

Conheça mais detalhes e participe compartilhando materiais sobre o tema.